Como
boa filha de agente de viagens, uma das minhas maiores curiosidades era o tal
do vôo da Emirates. Pois bem, desde que a companhia aérea deu seu ar da graça
no Brasil, muito se falou sobre o luxo e o conforto A La Dubai. Até um certo
misticismo pairava no ar, como se ao invés de embarcarmos no tapete vermelho da
Tam, embarcássemos no tapete mágico das mil e uma noites. Estou viajando muito?
Sim, foram 14 horas de vôo, mais 1 de atraso, então me dê um desconto. De fato,
o vôo é bom sim, melhor do que a média, mas também não é assim o melhor do
melhor do mundo. Vamos lá:
Pontualidade:
Atrasou. 1 hora. O tempo estava bom e o horário, de madrugada, não permitia
nenhum “engarrafamento” aéreo. Erro deles, e não houve uma explicação sequer.
Ponto contra.
Conforto:
Para os meus amigos ricos que só viajam de executiva e primeira classe, foi
mal, mas a amiga pobre aqui foi de porão e portanto não pode exercer opinião
sobre os andares de cima. Quanto a econômica, achei o espaço entre as poltronas
normal, a reclinação normal, tudo bem normal. Um porém: a configuração das
poltronas é 3x4x3 (ok, você não entendeu, titia Carol explica. São 3 poltronas
de um lado, 4 no meio e mais 3 no outro lado). E o que isso tem a ver? Para
quem gosta de janela como eu, o custo benefício de sentar ao lado de uma delas
é péssimo, já que para fazer um simples pipi você tem que pedir licença para
dois seres humanos que, se Deus for misericordioso, estarão acordados. Enfim,
não dá.
Entretenimento:
Nesse quesito eles realmente mandaram bem. Cada poltrona com sua TV, uma imensa
variedade de filmes, seriados, músicas, jogos, informações, e etc. Além da
câmera na frente do avião que permite termos a visão do piloto. O máximo. Ponto
a favor.
Comida:
Não é o feijão com arroz, bife e batata frita lá de casa, mas estava gostosa, o
pãozinho não estava gelado, e os talheres eram (pasmem!) de metal! É claro,
comida de avião em classe econômica não dá para ser 3 estrelas Michelin, mas
deu para raspar tudo e dar tapinha na pança. Ponto a favor.
Serviço:
Aeromoças e comissários bem simpáticos, mas fiquei chocada com o fato de apenas
uma (isso mesmo, apenas uma!) aeromoça falava português. Meu povo, o vôo é Rio –
Dubai. Portanto, é de se esperar que o avião tenha uma quantidade razoável de
tupiniquins. Então, COMO ASSIM os comissários não falam português? Isso que
alguns inclusive não falavam o árabe, apenas o inglês (e tinha um que nem o
inglês, não me pergunte que língua era aquela). Mas apesar dos pesares, não vou
dar ponto contra não, pela simpatia e presteza.
No
resumo, 2 pontos a favor e um contra. Na real, sou mais a nossa brasileirinha
com seu jeito Tam de voar que eu adoro.
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